quinta-feira, 23 de outubro de 2008

VOTO E INSTRUÇÃO


Noutros tempos nossa cultura nos levava a imaginar que mulheres e homens deveriam ter diferentes pesos na hora de opinar ou decidir algo. As mulheres eram consideradas inferiores que os homens, portanto tinham menos direitos.

Hoje em dia as mulheres, assim como negros e outros grupos que foram injustamente discriminados conquistaram o direito a voto em quase todo o mundo. Lendo sobre isso eu me perguntei se existe, hoje em dia, em países civilizados e bem instruídos, algo que possa diferenciar a força de voto das pessoas e imediatamente me veio à mente o grau de instrução.

É notável que pessoas de diferentes níveis de instrução tendem a tomar, em média, decisões diferentes e a votar em pessoas diferentes. Pesquisas feitas neste sentido durante as épocas de eleições, por exemplo, mostram isso claramente. Dentro de universidades há predominância de votos em um candidato, enquanto nas populações mais carentes - onde predomina o baixo nível de instrução - outro candidato é favorecido.

Olhando este fenômeno como um todo, nós podemos ver que, como a maioria da população tem baixo grau de instrução, eles acabam tendo um peso maior no montante dos votos, o que explica porque comumente os candidatos eleitos são aqueles candidatos dito "populistas". Dessa forma a decisão do futuro do país acaba nas mãos de pessoas com baixo nível de instrução.

Com isso eu me pergunto se não deveria haver uma maior relevância do voto daqueles com alto grau de instrução quando comparado àqueles com grau de instrução menor. Eu sei que, de certa forma, isso viola o direito de igualdade entre as pessoas. Mas não seria uma medida que ajuda a direcionar os resultados de eleições visando decisões que favorecem melhorias a longo prazo em detrimento daquelas que fomentam resultados imediatos e pouco satisfatórios, como é predominante em políticos populistas?

Algumas pessoas podem dizer que isto é uma decisão arbitrária sem base para decidir o que de fato é bom para o futuro do país, mas há uma razão para isto. Em primeiro lugar medidas que melhoram a longo prazo tendem a ser mais vantajosas ao país do que aquelas com soluções imediatas. Isso é inquestionável. Além disso pessoas com grau de instrução mais alto tendem a tomar decisões que visam melhorias a longo prazo, e concluo isso com base no que se segue.

Certa vez li um estudo, que infelizmente não encontrei a fonte, feito com crianças que mostra que quando as crianças do presente estudo conseguiram esperar certo tempo para ganhar recompensa maior, ao invés de ganhar uma recompensa menor sem necessidade de esperar, estas acabavam conseguindo progredir mais e se davam melhor quando adultas em uma frequência maior do que aquelas que não conseguiam esperar.

Além disso tudo, temos que políticos populistas, de maneira geral, tendem a privilegiar medidas que agradam o povo imediatamente em detrimento de medidas com resultados a longo prazo, como é o caso de investimentos em educação. Isso acaba mantendo a quantidade de pessoas com baixo nível de instrução em maior número do que aquelas com nível superior. O que acaba favorecendo a eleição de outros políticos populistas em um ciclo que se retroalimenta.

Sendo assim, eu pergunto. É justo que decisões sérias sejam deixadas predominantemente nas mãos de pessoas com baixo nível de instrução, ou seria justo, com um propósito maior, que o peso do voto seja relacionado com o nível de instrução do eleitor?


Zaratustra

Troca de Conhecimentos

segunda-feira, 7 de abril de 2008

VAMOS FALAR DE POLÍTICA?

Tolo é aquele que diz que "Religião e política não se discute". Tudo é discutível, contanto que as partes da discussão sejam razoáveis e racionais a ponto de entender quando seu argumento é colocado por terra. Percebe-se certa intolerância política nos debates ideológicos travados nos meios virtuais e no próprio meio estudantil. Ninguém quer ceder.

Argumentos toscos são utilizados quando eu cito que sou socialista: "Ah, mas o socialismo nunca vai acontecer", "cara, se enxerga, o socialismo não deu certo", "que coisa ultrapassada e hipócrita!"... não se aprofundam à uma argumentação plausível e baseada em críticas aos conceitos diretos da minha posição política.

Há pouco tempo me entreguei a uma reflexão sobre a diferenciação de discussão política para a discussão sobre a corrupção. De fato, estão inteiramente entrelaçadas as duas, mas tratam de matérias totalmente diferentes. Uma coisa é discutir a idéia daquele determinado político ou daquela instituição, a outra é saber a idoneidade desse indíviduo ou dessa corporação.

A discussão de idéias e a difusão delas é a que leva à um desenvolvimento da democracia. Basear-se somente em quanto o candidato é ladrão ou não sempre pode ser levado à manipulações e interesses facilmente construídos.

Claro, a discussão sobre a corrupção é MUITO necessária, e esta deve ser MUITO combatida, porém a democracia não é baseada nisso, como a mídia sensacionalista e elitista de nosso país cisma em tentar frizar.

A PERCEPÇÃO POLÍTICA POPULAR E A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA.

Na última eleição para Presidente da República aqui no Brasil houve um discurso muito expressivo na mídia sobre o nível social das pessoas que votaram em cada um dos candidatos na segunda fase.

Claramente, esse discurso era depreciativo no que diz respeito ao vencedor, Lula, por este ter sido eleito pelas camadas baixas da população, chegando a ser exibido em rede nacional um mapa com as regiões do Brasil que o elegeram e as que tiveram maioria de votos em Alckimin. Isso dá brecha para vários outros discursos tipicamente elitistas Brasil afora.

Um desses discursos é o da falta de educação da maior parte da população para votar. Ora, é fato que não é só a educação que faz a eleição se concretizar e o melhor ou pior candidato ser eleito ou não. Certamente, a maior parte da população votou em Lula por uma questão de identificação não só com a imagem construída de "homem do povo", como também em relação aos próprios focos de atuação que o candidato, depois Presidente, supostamente basearia seu governo.

Dizer que o "povo brasileiro é burro e não sabe votar" é tentar defender abertamente uma inexistência de percepção política da população. Toda a população, a partir de sua classe social, tem idéia do que é melhor para si. É claro que o Sul e Sudeste do Brasil teriam maior votação em Alckimin (tirando o Rio de Janeiro, que sempre teve formação mais esquerdista que as outras metrópoles). São as regiões mais desenvolvidas e com o maior número de burgueses que não se atraem por essa visão de "governo para o povo", que o exato contrário são as políticas do PSDB de privatizações e concessões ao grande capital especulativo dos empresários brasileiros e do exterior.

Um grande exemplo dessa diferença de percepção é o governo do Brizola aqui no Rio. Enquanto a classe média e alta falam que o governo foi fraco e que não mudou nada, a classe baixa agradece: Brizola distribuiu posses de terra nas favelas, levou água encanada para muitas comunidades carentes, defendeu o pobre em muitas situações. Deixo bem claro que não sou Brizolista, mas achei um bom exemplo para servir como argumento.

Claro, o povo elegeu o Clodovil e vários outros candidatos inúteis para o Brasil. Mas quem disse que essa população teve tempo para aprender a votar? Ainda serão eleitos mais 10 Clodovis até a democracia se concretizar como um bom sistema de eleição - e realmente é o melhor até agora. O maior exemplo dessa inexperiência ao votar é uma pessoa que nasceu na década de 50, por exemplo. Só foi votar aos 40 anos de idade, devido ao monstruoso Regime Militar aí no meio do caminho. Não se pode comparar a democracia brasileira de 19 anos com a democracia francesa de 200. Lá eles já têm noção dos candidatos que farão mal a sua sociedade, aqui a população vai aprender, com o tempo, que Clodovil não vai levar a absolutamente nada.

Por último, é necessário salientar que a democracia não é feita somente através do voto. Existem várias outras maneiras de expressar sua cidadania, uma delas é discutindo política nos seus diversos ambientes do dia-a-dia - que, pode-se até negar, mas todos são espaços para política, pois em todos existe interação social. Pode-se também se filiar a movimentos sociais, sindicatos, instituições políticas e etc. O voto é importante, sim, mas não é a única arma para fazer nosso país melhorar.


Bruno Marconi
Troca de conhecimentos

sexta-feira, 28 de março de 2008

SOBRE O AVATAR DA COMUNIDADE


Quando criei essa comunidade fui em busca de um avatar, queria algo diferente que representasse força, seriedade e que fosse ao mesmo tempo divertida. Encontrei essa figura em um link que não dizia nada sobre o autor da obra, mas minha busca foi incessante e por fim encontrei.

Descobri várias obras deles entre telas, quadrinhos e pensamentos.Entrei em contato e ele me permitiu continuar a usar sua obra em minha comunidade.

O trabalho dele é maravilhoso e espero que vcs gostem.

Apresento a todos...GALVÃO BERTAZZI
Tambem conhecido como ABSURDYUM


Galvão Bertazzi











Galvão trabalha com quadrinhos e ilustrações desde 1995, já tendo publicado em algumas das principais revistas e jornais do pais.
Ganhou duas vezes o troféu HQMIX por melhor site de autor ( 2003 e 2004).


Suas publicações:
Revista Internazionale ( Itália )
Folha de São Paulo ( SP )
O Popular ( GO)
Gazeta de Goiás (GO)
Editora Abril
Editora Saraiva
Edições Paulinas
Editora Letras Brasileiras

entre muitos outros...

Galvão
Florianópolis - Brasil
Fone : +55 (48) 99791426



outros links do Galvão:


Comunidade no orkut:



Não normal assim
a ponto de tarjas pretas
ansiolíticos, anti-psicóticos...
mas não louco também
a ponto de andar sorrindo
dando bons dias
por aí.

Galvão
Inspecionar profundezas
contradizer as belezas
encarar quem se é
um doidinho de marré marré.

Galvão

Discutam as leis, os termos, os meios
as cláusulas e não se esqueçam dos fins
enquanto vocês porcos matracam
pela parca valia de nada
o que posso deixar de legado
pra quem vier depois do meu caso
com essa arrastada existência orate
é que:
existe uma arte secreta
no ato de se mijar pra fora do vaso.

Galvão

Existem muito mais realidades
com os olhos fechados
sonhando.

Galvão

Mergulho numa xícara de café preto
que sem o enfeite do açúcar
fica forte e amargo.
Faz-me lembrar de pessoas amargas
porém fracas...
todas cheias de açúcar.


Galvão

TIRINHAS














Galvão

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

UMA BREVE SOBRE O ANARQUISMO

Anarquia veio da palavra grega naarckos que significa “sem governo”.

Anarquismo é erradamente associada ao caos desordem e bagunça, isso é dito pela grande maioria das pessoas (que com certeza não conhecem o ideal anarquista); numa sociedade anarquista existem sim regras, que atendam o bem estar de todos da comunidade, onde ocorrem votações diretas.

O ideal confia na convivência pacífica dos seres humanos, numa estrutura de autogestão (cooperativismo propriedade coletiva), isto é, sem autoridades e hierarquias. Valorizando apenas a liberdade natural de cada indivíduo. Defende também a internacionalização e o antimilitarismo.

A militância anarquista atua em diversos campos sociais, políticos e culturais. De maneira ora pacífica (através de eventos, manifestações, boicotes e panfletagens) ora violenta. Tal violência é usada apenas pelos mais radicais e em casos extremos, em reação às silenciosas bombas do estado: A bomba desemprego, a bomba salário mínimo, a bomba latifúndio, a bomba saúde terminal e a bomba ensino burro dentre outras.

Anarquismo e Comunismo, muitos dizem que é a mesma coisa, embora a finalidade seja a inexistência de um Estado, o processo pra se chegar são muito diferentes, enquanto o comunismo passa pelo processo de socialismo autoritário, o anarquismo é chamado de socialismo libertário, sem fase, apenas usando da educação libertaria, conscientização. Enquanto o socialismo prega a igualdade, o anarquismo prega a igualdade mais a liberdade.

Resumidamente uma sociedade anarquista seria uma sociedade perfeita, por isso muitos dizem que é uma utopia, mas isso é errado, pois existem diversas comunidades que vivem em apoio mutuo e são socialistas libertarias, mas não há tanta divulgação delas (na mídia nunca), tais
exemplos são: chirstiania, comunidad del sur, vilas yamagishi, vilas yuba, comunidade zapatista, grandola, vila indígenas (que vivem em harmonia mutua e cooperação) e muitas outras pelo mundo.

Texto que posto abaixo é muito bom que foi publicado num jornal operário décadas atrás:

“-Você é anarquista?
- Sim, porque sou trabalhador consciente.
- O que é ser trabalhador?
- É viver pelo esforço do seu trabalho.
- Quando se pode dizer que o trabalhador é consciente?
- Quando ele conhece as causas da sua miséria e as combate.
- O que é trabalho?
- É o esforço para produzir.
- O que é produzir?
- É criar riqueza.
- O que é riqueza?
- É tudo o que pode ser útil ao homem.
- Então o sol é uma riqueza?
- Sim, como o ar, a água, os peixes, etc.
- Mas o sol é produzido pelo homem?
- Não, por isso se chama riqueza gratuita.
- Há outras riquezas gratuitas?
- Sim, o ar, a chuva, os rios, os mares, etc.
- A terra também é uma riqueza gratuita?
- Deveria ser, porque é a matéria natural da produção natural da produção das riquezas minerais e orgânicas; mas não é.
- Porque não é?
- Porque é possuída por alguns homens em prejuízo da maioria dos homens.
- Isso é justo?
- Não. Isso é a causa da maior parte das desgraças humanas. O que diria de um indivíduo que pudesse se apropriar da luz e do calor solar e o fizesse para vendê-los depois aos outros homens?
- Que seria um infame!
- O que diria dos homens que se apropriam de toda a Terra e não permitam que os outros a cultivem?
- Que são infames.
- O que se diz de uma sociedade que mantém esse regime?
- Que é uma sociedade prejudicial ao homem e, portanto precisa ser reformada pela extinção do direito de propriedade privada.
- Quem mantém a propriedade privada?
- O governo, isto é, alguns homens que pretendem dirigir os outros homens.
- E qual é o meio de que lançam mão para tal fim?
- A lei, e para garantir a lei o soldado.
- O que é lei?
- O conjunto de regras impostas pelos reis, conquistadores, capitalistas, etc... Às classes trabalhadoras com o fim exclusivo de manter a propriedade privada, isto é, a posse das riquezas, e regular a sua transmissão.
- O que é o soldado?
- É um trabalhador inconsciente que se sujeita aos possuidores da terra para manter essa posse a troco de um miserável pagamento.
- E como ele se sujeita?
- Se sujeita pela disciplina.
- O que é a disciplina?
- É a escravização da vontade do soldado ao seu superior. O soldado obedece ao que lhe mandam sem saber como nem o porquê.
- Qual é o ofício do soldado?
- Matar.
- Mas a lei não proíbe matar?
- Proíbe, mas se o soldado matar um trabalhador que protesta contra o governo, a lei declara que o soldado é um virtuoso.
- O papel do soldado é digno?
- Não. É o mais vil possível.
- E como há trabalhadores que se fazem soldados?
- São iludidos pelos governantes e arrastados pela miséria.
- Como conseguem iludi-los?
- Com fardamentos vistosos e insuflados neles o "amor" à pátria. Patriotismo é um sentimento mesquinho que leva o indivíduo a supor que os que nasceram no seu território são superiores aos outros homens.
- Esse sentimento leva as más conseqüências?
- É o elemento principal que arrasta as massas humanas à "Guerra”.
- O que é a guerra?
- É um processo de dominação pela morte.
- Como se explica?
- A história universal mostra que os "grandes" de uma nação armavam soldados, nos adestravam e subjugavam pela força aos homens de outras terras, ou para escravizá-los, ou para se apossarem da lavoura, suas minas, de suas riquezas até mesmo de suas mulheres. Os diretores dessas guerras, um Cambyses, um Alexandre Magno, um César, um Napoleão. Eram simples bandidos que procuravam justificar as suas invasões com pretextos fúteis de "honra, vingança, amor à Pátria". Hoje as guerras são a mesma coisa, luta por causa de colônias, de comércio, de capitais comprometidos.
- Quem faz a guerra?
- São os capitalistas, por intermédio dos diplomatas e pelos canhões movidos por soldados.
- O que fazem os soldados da polícia?
- Mantém a chamada ordem ou "hierarquia", isto é, o regime de autoridade pelo quais os inferiores se subordinam aos superiores. Desde que alguns trabalhadores procuram levantar-se contra os seus exploradores a polícia intervém para "manter a ordem"; isto é, obrigar os trabalhadores a se submeteram à exploração.
- E como reformar isso?
- Extinguindo a propriedade privada e a tornando posse da Terra coletiva. - E quem fará essa reforma?
- Os dirigentes capitalistas não o farão, porque isso seria contrário aos seus interesses; logo essa reforma só pode ser feita pelos trabalhadores. - Como se chamará o regime da propriedade coletiva?
- Se Chamará Anarquia.
- O que significa esse nome?
- Significa "não comando", isto é, exclusão dos superiores e, portanto "igualdade, não autoridade”.
- A anarquia exige ordem?
- É o único meio de obter a verdadeira ordem, que hoje é mantida apenas pela opressão. Basta que por um dia se suprimam a polícia e o exército para que a "desordem" atual se manifeste em desmando de toda a espécie.”

Para um estudo mais aprofundado deixo um site muito bom sobre: http://www.geocities.com/projetoperiferia2/indice.htm




Adriano
Troca de Conhecimentos

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

TRADICIONALISMO

Não existe como não falar em tradicionalismo sem tocar no nome de Rene Guenon, que foi um filósofo francês, metafísico e critico social falecido em 1951.

Guenon foi o pai do tradicionalismo ele teve uma percepção muito sutil da história e de algumas transformações que vinham acontecendo em poucos séculos e que eram de grande relevância, pois estas "distorções no pensar milenar" distanciavam as pessoas de seu bem mais precioso que é justamente suas condições humanas, dignas.

Rene fez um analise em sua obra de como o pensamento anti tradicional que vem acontecendo na história, entende-se por tradição todo conhecimento milenar oral ou não que mantém o perfil cultural e moral de um povo.Apesar de defender as tradições ele era avesso a idéia de um ecumenismo, cada tradição tem seus próprios caminhos, comparar esses caminhos seria usar o pensamento material e anti tradicional para julgar uma tradição.

Nas tradições não existe o que chamamos de democracia, nelas existem umas autoridades embutidas de qualidades especificas para julgar com total autoridade moral as questões que vem delineando as estruturas milenares destas próprias tradições.Ele cita o fato, por exemplo, da queda da bastilha, onde a ordem do mundo foi abalada e as hierarquias foram sendo suplantadas por governos que procuravam atender a vontade da maioria e essa maioria nunca é preparada para definir os destinos da nação, pois lhes falta às qualidades necessárias, o poder perdeu a face que antes era a do rei e dos monarcas, por bem ou mal havia um responsável pelo destino de uma nação unificada na figura de um monarca.

Rene Guenon cita um exemplo clássico dos vinhos, as qualidades de um vinho produzido em uma vinícola milenar francesa será sem sombra de dúvidas muito superior a qualquer vinho popular, pelo processo de fabrico, pela experiência dos vinicultores, logo mil garrafas de vinhos populares nunca terão as qualidades de uma única garrafa de um vinho produzido em uma vinícola milenar.

O tradicionalismo alerta para o caos intelectual que reina no mundo hoje devido ao relativismo moral fruto do materialismo liberal, onde se tem à impressão que tudo é valido sob um determinado ponto de vista, e essa visão distorcida da realidade onde todos caem nos dias de hoje, (em defesa da democracia) é na verdade a destruição da história e o vazio da noção do sagrado, de algo que é superior e nos torna superiores e não objetos de nos mesmos.Esse pensamento materialista teve seus expoentes com Descartes, por exemplo, a razão é confundida com inteligência e isso é segundo Rene Guenon um reducionismo de nossas potencialidades que vão além, a inteligência abrange outras áreas com a intuição o instinto.

Todas as tradições apesar de terem formas diferentes de se apresentar em nosso mundo, (porque cada uma teve uma origem isolada em um tempo e em um momento histórico e cultural), elas apontam as mesmas verdades e não falam do mundo material.Voltando a origem de todas elas encontramos uma experiência vivenciada que transmitia, experiência essa de origem puramente intelectual (no sentido tradicionalista que não deve ser confundida com o pensar) foi uma comunicação com algo que nos escapa a vida vulgar com uma inteligência não humana.A luta do tradicionalismo contra o pensar anti tradicional é a luta do bem contra o mal, o bem é imutável o mal morre em si mesmo.

O tradicionalismo abrange outras áreas mais profundas que aqui não cabe discutir, para saberem mais sobre isso procurem por Rene Guenon, Frithjof Schuon, Gottfried Leibniz, Julius Evola...Já é um bom começo, espero ter ajudado!Abraços!!


Leosppa Leosppa
Troca de Conhecimentos

sábado, 1 de setembro de 2007

BRASIL X ARGENTINA:DUELO ACIRRADO TAMBÉM NA MÚSICA

Tive a idéia de registrar isso, a partir da audição de alguns tangos, dia desses.
Fascinante a forma como se desenvolvem as canções, no estilo musical da coisa. Conta muito do intérprete da música, passar a mensagem desejada, mas de qualquer forma, o tango já entrou pro hall dos meus estilos musicais favoritos.

Interessado pelo estilo, fiz uma rala pesquisa na Internet sobre suas origens, e, analisando isso e outros itens, descobri várias coisas em comum com o chorinho, e diferenças que complementam os dois estilos.

De semelhança, vê-se logo a parte social; ambos surgiram derivando ritmos europeus, em especial a polca... surgiram como ritmos da “depravados”, da “ralé”...tinham um tanto de sensualidade, demais para a época (final do século XIX, para os dois). O tango, inclusive era muito difundido nos cabarés da região do Rio do Prata (Buenos Aires e Montevidéu). Já o Choro como um todo, incorporava um estilo sensual de dança, o maxixe (chamado por alguns, de “tango brasileiro”, tendo em vista a semelhança de raízes, etc).

Há uma semelhança mais detalhada: Títulos. Há um choro do consagrado Jacob do Bandolim, chamado “Nostalgia”, muito bonito. Em contrapartida, há um tango, composto por Juan Carlos Cobián (música) e Enrique Cadícamo (letra), chamado “Nostalgias”. Aconselho baixarem e ouvirem as duas (pra quem não for muito fã de música cantada, como é meu caso, há também a versão instrumental do tango).

Diferenças: Instrumentos; apesar do violão e da flauta, comuns aos dois nas origens (e que permanecem fundamentalmente mais no Choro, hoje em dia), temos a presença, desde o início do violino no tango; no choro, tem-se o pandeiro. Hoje uma formação básica de tango tem: Um piano, responsável por harmonia e ritmo;o violino, responsável pela maioria dos solos; e o bandoneón, espécie de acordeon, que faz respostas aos solos do violino, como contracantos, e faz também alguns solos principais (vide “Adios Noniño”, do grande Astor Piazzolla, o qual tocava bandoneón). Podemos encontrar também, um baixo acústico, “encorpando” mais a música.

Pelo choro, a formação clássica é de flauta, violão e pandeiro. Essa formação ocorre desde os seus primórdios, mas também fora acompanhada de uma formação de fanfarras (com instrumentos como trompete, trombone, bombardino). Hoje em dia, o mais comum num regional (nome dado aos grupos executores de choro) é: Um instrumento solista (pode ser de sopro, como clarinete ou flauta, bem como de cordas, como bandolim e cavaquinho; um cavaquinho auxiliando na montagem da harmonia, juntamente com dois violões: um de 6 cordas, que é a “espinha dorsal” do grupo, e um de 7 cordas, que faz contracantos, respostas ao solo principal, em suas cordas mais graves – a chamada “baixaria”; finalmente, a “cozinha”: a percussão do grupo. Composta essencialmente por pandeiro, e em geral, tendo um surdo, ou reco-reco para enriquecer a parte rítmica).
Tangos, em geral, têm letra; romântica, com um ar de tristeza. Já os Choros, apesar do nome ter sido dado devido o fato de se tocarem as polcas européias de forma mais “chorosa”, são essencialmente instrumentais. A maioria dos Choros letrados, tiveram sua letra acrescentada bem depois de sua composição musical em si. Muitos são até “alegres”, com ritmo contagiante... outros tristes, mas na minha opinião, nada tão triste e sentimental quanto a musicalidade e as próprias letras dos Tangos... que por sinal, são muito apreciados pela Jô, e suas raízes argentinas, não é Jô? Até a próxima...
Amaral
Troca de conhecimentos

sábado, 14 de julho de 2007

EXPERIÊNCIAS DE TOSCHI AQUI NO BRASIL NO PERÍODO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Em 1939, quando teve início a segunda-guerra, eu tinha dois anos. Quando ela acabou, em 1945, eu estava para fazer oito anos. O Brasil só mandou tropas em 1943. Eu fui com meu pai a um desfile no Vale do Anhangabau, em São Paulo, onde desfilaram tropas que iam para a guerra. Estavam fardados com uniformes de campanha e levavam muares, que carregavam peças de artilharia leve, além de material de suprimento. Ouvi dizer que dalí iriam direto para o porto de Santos. Mas, pelo que eu saiba, os contingentes brasileiros partiram do Rio de Janeiro e não sei como os paulistas chegaram até lá. Lembro de minha avó, aflita, lendo o jornal que trazia a lista dos convocados, para ver se algum de seus netos estava incluido nela. Lembro que falavam da bomba atômica, aparecendo estampado nos jornais o símbolo do atómo, aqueles círculos entrelaçados, o que me deixava com bastante medo. Perto de minha casa ficava a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, onde hoje está o prédio histórico do Hospital Sírio Libanes, na Rua Adma Jafet, e eu via os cadetes fazendo exercícios pelas ruas do bairro. Um contingente dava guarda permanente no prédio da Light, na Rua Augusta, e passavam marchando pela porta da minha casa, cada vez que havia troca da guarda, o que era uma farra para a garotada. Lembro quando irradiaram a experiência com a bomba atômica no Atol de Bikini. Os locutores diziam que a Terra poderia rachar ao meio, outros diziam que o barulho iria se espalhar de país para país, e, no fim, nada disto aconteceu, pois foi uma experiência subterrânea e a bomba não era de grande potência. Lembro das esquadrilhas de avião voando permanentemente sobre a cidade de São Paulo, em formações de quatro a cinco aviões, dentre aviões de guerra e outros menores. Lembro do dia em que anunciaram que a guerra tinha acabado, e, na verdade, era um rebate falso. O rádio pedia para os sinos das igrejas repicarem e as pessoas que tivessem carros saírem às ruas, já no início da noite, com os farois ligados. Depois, veio o desmentido.

Lembro do blackout, ninguém podia acender as luzes do interior das casas, e ninguém podia sair à rua durante o exercício, que era realizado à noite. As pessoas tinham que colocar cartolinas tapando as janelas de suas casas, para não haver perigo de qualquer luz. Meu pai chegava do serviço e jantava no escuro, com uma pequena luz de lanterna acesa embaixo da mesa. Um avião ficava rondando a cidade e davam aviso quando viam alguma luz acesa. Lembro de um aviso de que uma casa, no bairro da Casa Verde, estav iluminada. Mandavam pelo rádio que a luz fosse apagada, se não, iriam simular um bombardeio, despechando o conteúdo de sacos de areia sobre a casa. Meu tio, um dia, saiu à rua durante o blackout e foi pego por equipe da Cruz Vermelha que estava fazendo treinamento, e teve que tomar uma injeção de glicose na veia. Os alimentos e a gasolina eram racionados. Gasolina só para médicos e outras pessoas credenciadas por exercerem serviços especiais. Tinham um pequena placa, com um número, presa com fio lacrado, no radiador do carro (todos os carros, na época, tinham radiador protegido por um grade, que fazia parte da frente dos carros), para controle nos postos de abastecimento. Para comprar carne, farinha, leite, pão, as pessoas tinham cupons de racionamento e formavam-se grandes filas às portas dos estabelecimentos fornecedores. Fora disto, reinava o câmbio negro, onde a mercadoria era vendida escondida, a preços exorbitantes. Todos os carros tinham que pintar os faróis com uma tinta azul, deixando apenas uma pequena fresta, para passar a luz. Tinham também que ter uma faixa branca pintada na altura do trinco da porta e que dava a volta em todo o carro, para melhor identificação quando andassem à noite, pois a iluminação era mínima. Lembro, por fim, do dia em que os Expedicionários chegaram. Fui assistir o desfile deles chegando, do alto de um prédio na Avenida São João, onde meu tio morava. Foi uma festa emocionante.

Terminada a guerra, os expedicionários andavam fardados, com o símbolo da cobra fumando colado em seu braço. Eram tratados com respeito e orgulho. O filho do dono da venda da esquina de minha casa, para não ter que ir para a guerra, recebeu um telegrama, quando já estava no navio, no Rio de Janeiro, mentindo que a mãe dele havia morrido. Foi dispensado para o enterro. Depois, descobriram que era mentira e ele respondeu a processo e ficou preso vários anos, mesmo depois de a guerra ter acabado. Havia a campanha do ferro velho, em que pediam que as pessoas doassem objetos de ferro que possuíssem, para a fabricação de armamentos. Eu tinha um carrinho de lata, que eu adorava, e o meu pai deu o meu carrinho para a campanha do ferro velho. No dia seguinte, para minha raiva, o filho menor desse vendeiro, que tinha um posto de arrecadação, passeava pela calçada com o meu carrinho, o que me fez chorar desiludido. Meu pai quase foi preso, pois a firma onde ele trabalhava como gerente resolveu comprar combustivel no câmbio negro, o que era vedado. Só se livrou do processo porque descobriram que o combustível vendido era falsificado, não passava de solvente, não tendo, portanto, ocorrido o crime de compra de combustível proibido. Um jornalista tentou chantagear o meu pai, ameaçando publicar a foto dele no jornal, numa reportagem sobre o episódio. Meu pai não atendeu à chantagem, e o jornalista publicou a reportagem, mas, do meu pai, só aparecia um pedaço da careca, não dando para ser identificado. Guardamos o recorte do jornal até hoje. Estas são as lembranças que tenho da segunda guerra mundial.

Saiba mais sobre esse assunto no tópico
Segunda Guerra Mundial :D
na comunidade TDC LIGHT.
Toschi
Troca de Conhecimentos
TDC LIGHT

quarta-feira, 30 de maio de 2007

SENTENÇA

ESVOAÇANDO TERROR NO INTERIOR DO PENSAMENTO
LIBERTO IDÉIAS CONFUSAS
SEQUELAS DE MOMENTOS DEPLORÁVEIS
RETORCIDOS PELA TENTATIVA DO ESQUECIMENTO
PALAVRAS INSULTANTES
DESTRUIRAM SENTIMENTOS
LEMBRANÇAS DE INSTANTES
QUE MACHUCAM ATÉ SANGRAR
DANDO SEGUIMENTO A ATOS INESPERADOS
SENTENCIANDO O MEU JEITO DE AMAR.

ROBBIE JO
TROCA DE CONHECIMENTOS

MEU BLOG

PERFIL ONDE GUARDO 28 COMUNIDADES QUE CRIEI
ARQUIPELAGOS.

APRENDENDO MELHOR O INGLÊS

Ulisses Wehby de Carvalho
Ele atua na área de interpretação de conferência (tradução simultânea).
É autor de 3 livros paradidáticos voltados para o ensino de inglês.
Um guia para falar e escrever corretamente
Editora Campus/Elsevier (2005)




"Dicionário das palavras que enganam em inglês"
Um guia das palavras que parecem uma coisa e significam outra
Editora Campus/Elsevier (2004)




"O inglês na marca do pênalti"
A terminologia esportiva em inglês aplicada no dia-a-dia de pessoas e empresas
Disal Editora (2003)





Já foi entrevistado no Programa do JÔ.
Confira no Site:
http://teclasap2.blogspot.com/

DICA
FALSAS GÊMEAS:REMEMBER X REMIND
Você não sabe quando deve usar “REMIND ou REMEMBER”?
Tranqüilize-se porque você não é o único nessa situação.
“REMIND” quer dizer “alertar”, “avisar”, “informar”, ou seja,lembrar uma pessoa que ela não pode se esquecer de, por exemplo, um compromisso, de tomar o remédio, pagar uma conta, etc.
“REMEMBER” significa “recordar”, “trazer à lembrança” etc. Promete que você não vai mais esquecer dessas dicas?
Outra coisa: Overbo “REMEMBER” pode ser acompanhado por outro verbo no infinitivo ou no gerúndio. Veja nos exemplos a seguir como são ligeiramente diferentes os sentidos dessas duas maneiras distintas de empregarmos essa palavra do idioma inglês.

I REMEMBER DOSING THE DOOR TO MY BEDROOM.
Eu me lembro de ter fechado a porta do meu quarto.

REMEMBER TO DOSE THE BATHROOM DOOR.
Não se esqueça de fechar a porta do banheiro.

CLICK ON THE REMIND ME LATER BUTTON TO INSTALL THE UPDATE AT A LATER TIME.
Clique no botão “Avise-me Depois” para instalar a atualização posteriormente.


Ulisses Wehby de Carvalho
Troca de conhecimentos







sábado, 26 de maio de 2007

ESCARLATINA OBSESSIVA

Durante 2006, a Escarlatina Obsessiva fez cerca de 70 apresentações ao vivo, a maioria delas na casa Gothlands, em São Thomé das Letras-Mg, culminando em um grande show no Reveillon. Em 2007, a banda entrou definitivamente em estúdio para finalizar as gravações de Chants of Lethe. Com isso, o número de apresentações diminuiu, mas a banda continua fazendo shows esporadicamente.
A banda surgiu de um adensamento de experiências sonoras ocorridas no decorrer de 8 anos de convivência musical entre o casal Karolina e Zafiro. Através da guerra gerada entre sentidos e fenômenos, da inescrutabilidade do objeto, da náusea e da angústia decorrentes, surgiu a concepção de um símbolo estridente; do paradoxo da rejeição vencida, do filho monstruoso, surgiu o termo. Através de um símbolo dilacerado, através de interferências elétricas, singrou a vontade e a dor, na busca de beleza musical. Escarlatina ferve, impõe, é essencialmente o limite congênito da liberdade. É o abismo recôndito, esquecido sob toneladas de água, privado de luz, onde os peixes sem olhos dançam a valsa de néon.

Músicas:
http://www.myspace.com/escarlatinaobsessiva


Zafiro e Karol
Troca de conhecimentos


sexta-feira, 25 de maio de 2007

VIDEOS DO ANDRÉ

Video: Planeta Aurélia ,similar a Gliese 581cEste documentario fala das possibilidades de novos planetas à serem descobertos pelo telescópio espacial chamado "Descobridor de Planetas Terrestres" que estará funcionando em 2020.O planeta apresentado aqui chama-se Aurélia ,e por coincidência orbita o mesmo tipo de estrela do descoberto recentemente Planeta Gliese 581c .A diferença entre os dois é que Gliese tem 1,6g de gravidade enquanto Aurélia tem 1g , igual a Terra . Mas é possivel verificar que existe muitas informações que são aplicaveis aos dois mundos .

Parte 1
http://video.google.com/videoplay?docid=2892668828440461551http://www.youtube.com/watch?v=iJ9fKzz6mLI
Parte 2
http://video.google.com/videoplay?docid=382288361223545751http://www.youtube.com/watch?v=yrYks2toJ-E
Parte 3
http://video.google.com/videoplay?docid=1518931015551983598http://www.youtube.com/watch?v=CRxP4NW7GCI
Parte 4
http://video.google.com/videoplay?docid=51725081179725970http://www.youtube.com/watch?v=iaexBDLfDoQ
Parte 5
http://video.google.com/videoplay?docid=3447592544980018540http://www.youtube.com/watch?v=lDrv5--6M0k

Aqui uma versão completa.
http://video.google.com/videoplay?docid=-2025318327218787080

O que acharam deste planeta ???

Minha comunidade.
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=20519450

André Luiz Neves da Silva
Troca de conhecimentos